Estudo brasileiro reforça eficácia do canabidiol no tratamento da epilepsia refratária

Um novo estudo de revisão realizado por pesquisadores brasileiros reforçou as evidências científicas sobre a principal indicação do canabidiol (CBD) na medicina: o tratamento da epilepsia refratária. Após a análise de mais de 1.400 artigos científicos sobre o tema, os autores selecionaram seis estudos que atendiam aos critérios de elegibilidade e apresentavam dados consistentes.
Os resultados mostraram que pacientes tratados com CBD tiveram, em média, uma redução de 41% no número de episódios convulsivos. Entre os pacientes que receberam placebo, a redução foi de 18%. Isso significa que o uso do CBD mostrou uma eficácia 127% superior à do placebo no alívio das crises. Segundo o médico Bruno Fernandes Santos, um dos autores da revisão, os dados indicam melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes e apontam o canabidiol como uma alternativa terapêutica promissora para o sistema público de saúde.
O estudo também acende um alerta sobre os altos índices de resposta observados nos grupos placebo, sugerindo a necessidade de aperfeiçoamento nos métodos de coleta de dados utilizados em pesquisas desse tipo.
Embora a epilepsia refratária seja a condição com maior respaldo científico para o uso do CBD, a substância também vem sendo investigada para outras enfermidades, como esclerose múltipla, dor crônica e, mais recentemente, autismo e demência. No entanto, para esses casos, ainda são necessários estudos mais robustos e aprofundados.
Com informações da Veja Saúde:
https://saude.abril.com.br/medicina/estudo-confirma-o-principal-uso-da-cannabis-medicinal/