COM INFORMAÇÕES D’O GLOBO — O uso medicinal da cannabis no Brasil está em alta, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (BRcann). Houve um aumento de 201% no volume de itens comercializados em farmácias em comparação com o ano anterior. No entanto, a importação individual ainda é a principal forma de acesso à terapia, devido à menor variedade de produtos e aos altos preços no mercado nacional, além da proibição do cultivo da planta no país.
Desde 2015, a terapia com produtos à base de canabidiol (CBD) ou de baixas concentrações de tetrahidrocanabinol (THC) é permitida no Brasil por meio de importação individual. Até o momento, mais de 181 mil permissões foram concedidas, com um aumento significativo nos últimos anos. No entanto, a importação individual apresenta desafios, como a dependência do mercado externo e possíveis atrasos na entrega.
Embora o acesso por meio das farmácias esteja aumentando, a proibição do cultivo da cannabis medicinal no Brasil ainda é um obstáculo. A disponibilidade de produtos nas drogarias é limitada em comparação com as opções disponíveis para importação individual. Além disso, o cultivo nacional permitiria a redução dos preços e uma maior diversidade de produtos.
Enquanto aguardam a regulamentação para o cultivo no país, muitas pessoas dependem da importação individual para obter o medicamento necessário. Isso pode resultar em atrasos na entrega e preços elevados. Além disso, algumas associações conquistaram o direito de cultivar a planta e produzir o óleo no Brasil, o que possibilita um acesso mais acessível para famílias de baixa renda.
A discussão sobre o acesso à cannabis medicinal no Brasil continua, com a necessidade de uma regulamentação adequada, ampliação da capacitação médica e a possibilidade de cultivo nacional para garantir um acesso mais amplo e acessível aos benefícios terapêuticos da planta.
Leia na íntegra o artigo de Bernardo Yoneshigue no site d’O Globo: